MANHÃS DE OUTONO
Quando cai a chuva nas manhãs de maio
Vem o frio do outono a maltratar o campo
Acendo um fogo grande pra aquecer a alma
Cevando um mate novo no calor do rancho
Galpão de chão batido
Templado de fumaça
Onde sorvo anseios nestes dias frios
Cedito penso a vida com olhos na janela
Mateando a longa espera de um coração vazio...
No fogão de lenha as brasa que aquecem
Proseiam co'a fumaça contam sua dor
Meu peito se alarga num canto de ausência
Olhos no amargo pra esquecer meu amor
Sou de cerne e alma, sou folha caída
Neste campo largo que se fez distância
Sou bem mais que sonho, ilusão, quimera
num rancho tapera que se lastimou...
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